Nunca
entendi exatamente porque não vinha falar de você, escrever sobre você,
escrever só pra você.
Só
depois, depois do fim, depois de não sermos mais nós, percebi que era tudo bom
demais pra eu poder escrever, tive medo de que palavras não fossem suficientes
para descrever tudo que sentia e o quanto você era importante pra mim.
Hoje
queria ter escrito. Queria que pudesse escrever sobre aquelas tardes com tudo
que tínhamos direito, com muito amor, com muito nós, matando toda a saudade. Aliás,
não, metade da saudade.
Queria
descrever nossas briguinhas e confusões, porque de todas que tivemos nenhuma
foi pra magoar de verdade, só foi pra esclarecer algumas coisas.
Sinceramente
eram poucas as coisas que eu tinha pra reclamar de você, só esse seu jeitinho
implicante, chato e que queria se isolar do mundo, eu odiava.
E
seus ciúmes bestas, o problema que você arrumava em coisa pequena, e toda essa
sua imaginação fértil que não saia nada que prestasse.
Reclamei
disso, te adaptei e você melhorou juro que melhorou.
Até
eu me adaptei, não fiz tudo, mas fiz o que esteve ao meu alcance.
Você
não me escutava e quando escutava só entendia e guardava as partes ruins, as
partes que pouco importava, eu odiava isso.
Tentei
te socializar, você até que conseguiu, mas não era tão bom nisso... é de você,
eu entendo.
Tentei
diminuir meu jeito “exagerado”, meu jeito “abraça e beija todo mundo”,
controlei tanto que fiquei distante de algumas pessoas, me achava a errada
quando fazia. Nunca fui errada.
Tive
que te explicar tanta coisa, tive que fazer você entender a parte da “minha
história” você no inicio nunca quis ouvir, mas depois até que se fez de
paciente e quis saber.
Você
era meu amigo, mais amigo do que outra coisa. E disso eu gostava.
E
eu tinha e até certo tempo vou ter um ciúme selecionado de você. De você e sua inocência
pra certas coisas, de você e suas amizades que faziam questão de me irritar, de
você e das outras meninas que tentavam de certa forma chamar sua atenção.
Até
certo dia que não deu mais, até um dia que todos os pensamentos da noite não eram
dos momentos que vivemos e sim sobre o que tava acontecendo, não tinha mais “aquilo”
que nos uniu, que eu sentia e deixei de sentir, deixei se perder.
Eu
sou egoísta às vezes e admito. Sou mais egoísta ainda quando ao mesmo tempo em
que não te quero mais, eu quero. Ao mesmo tempo em que não quero te perder,
quero que você me perca pra poder ser feliz. Quando eu te quero como amigo,
mesmo sendo complicado.
E
sou idiota, muito idiota, quando acho que falando que não quero te fazer mal,
que não quero te fazer sofrer e nada mais, vai adiantar alguma coisa. Claro que
não! Isso não existe, burra!
Odeio
ouvir do como éramos bonitos juntos, como éramos legais, porque realmente éramos.
Agora
escrevo de você, porque agora que não é mais bonito e muito menos tudo de bom, agora
que cabem palavras pra tudo que sinto, eu posso falar de você, como falei de
todos os outros que tentaram e conseguiram até certo ponto me fazer feliz.
(Enfim
consegui escrever sobre isso, Beijos, e volto logo.)
fins nos entristecem demais...
ResponderExcluirhj li muitos fins nos blogs...
que os corações se tranquilizem e sigam felizes.
É uma pena.
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